O primeiro destino que a dupla CaJu se aventura é a cidade de Brotas, no interior do Estado de São Paulo. E, é claro, que as nossas apresentadoras sempre fazem a lição de casa e pesquisam muito sobre a região antes da viagem!
Quando se procura sobre Brotas encontra-se informações sobre o turismo de aventura, o ecoturismo, os calhambeques do antigo museu, entre outros... Porém também existe um nome que é muito presente: Daniel. E não só nas pesquisas! O cantor sertanejo está presente em todos lugares da cidade, seja em posters ou violões autografados nas paredes do comércio local, até construções revitalizadas pelo cantor.
O CaJu na Estrada não poderia deixar de conversar com alguém tão importante para a cidade! Daniel é brotense de alma e coração. Quer ver? É só ler nossa conversinha com ele abaixo, até dicas sobre a cidade ele nos deu:
– Com que frequência você vai a Brotas?
Na verdade considero Brotas a minha casa, fico na cidade a maior parte do tempo.
– O que faz você manter suas raízes ligadas a cidade?
Levo minha vida normalmente na cidade como morador desde que eu nasci. As pessoas já convivem comigo desde a minha infância e é por isso que fico super à vontade.
– Qual a sua principal motivação para investir na cultura local?
Minha vontade é de ver a cidade progredir sempre, e a cultura para mim é um dos primeiros passos, aliada à educação.
–Como é sua relação com a população de Brotas? Te veem como um cidadão comum ou há muito assédio?
As pessoas me vêem como filho da terra, já estão acostumadas a me ver pelas ruas, e quando tem assédio é bem vindo, não tenho nenhum problema com isso. Eu convivo normalmente como disse anteriormente Brotas é minha casa.
– Sabemos que você reformou uma casa de shows na cidade. Qual é a sua expectativa sobre ela?
Quando tive a iniciativa de reformar aquele lugar minha vontade era vê-lo funcionando novamente, primeiro porque comecei ali, sempre foi um ponto de encontro para as pessoas da cidade e é um patrimônio de Brotas e não meu. O Cine São José não foi reformulado com a pretensão de ser uma casa de shows mas é um espaço a mais para a cultura na cidade e tem plenas condições de abrigar espetáculos como shows e peças de teatro. Meu projeto vai muito além pois ali pretendo em breve implantar o Instituto José Daniel, então este é um projeto de vida que tenho com o Cine São José. Eu gostaria de ver aquele palco mais ativo, com mais opções de entretenimento para a população também. Inclusive agora no começo de outubro teremos a primeira peça de teatro se apresentando lá, dias 10 e 11 o ator Dan Stulbach estrela “Morte acidental de um anarquista”.Também neste mês vamos lançar o DVD que foi gravado neste palco, “Daniel in Concert em Brotas” para mim é mais um trabalho especial que teve um resultado incrível.
– Falando como brotense, o que é essencial para o turista conhecer em Brotas?
Nossa cidade é repleta de belezas, difícil citar somente uma porque são muitos pontos maravilhosos para conhecer. Não é só esse lado do esporte radical que é bastante divulgado mas Brotas é uma cidade também para acolher famílias, a estrutura de pousadas, hotéis e restaurantes que se tem é muito boa. A visita a algumas cachoeiras que estão mais próximas da cidade como a Caçarova, Astor, Recanto das Cachoeiras. O turista precisa conhecer o parque dos saltos, fazer um rafting no nosso rio Jacaré, canoagem, boiacross, visitar o planetário...eu poderia ficar horas falando de Brotas, tenho muito orgulho da minha terra.
– Você conhece muitos lugares devido a sua carreira. Há algo especifico que você só encontra em Brotas?
Em Brotas eu encontro uma paz que para mim é muito particular, quem é que não gosta de se sentir em casa? É aqui que eu recarrego minhas baterias, o contato com a natureza e essa energia que eu não saberia explicar para as pessoas mas é muito grandiosa para mim. Ver o nascer do sol e o pôr do sol na minha terra é indescritível. Me sinto muito realizado por poder viajar pelo Brasil, conhecer tantos lugares e tantas pessoas, mas a volta para casa tem sempre um sabor especial.
– Você é adepto às atividades do Eco Turismo?
Sou sim sem demagogia nenhuma. Conheço várias modalidades e muitas delas eu já experimentei, o que mais adoro é o rapel, descer uma cachoeira no meio da água é uma sensação maravilhosa. Gosto demais de rafting também, é um exercício físico muito bom e um trajeto super gostoso de conhecer. Já fiz arvorismo mais de uma vez, também adoro fazer tiroleza e temos uma que temos mais contato e fazemos sempre, acho muito saudável esse contato com a natureza.
– O que você acha que falta à cidade? Se pudesse melhorar algo, o que seria?
O que acredito que precisaria melhorar em Brotas seria a questão da geração de empregos, a infra-estrutura para o emprego sem ser somente o comércio local, a agricultura, o turismo e a Usina. Hoje vejo que existe uma dependência muito grande da população em alguns setores, e talvez ações de levar algumas novas empresas para a cidade somariam bastante. Estamos tentando há um tempo trazer uma fábrica de móveis para Brotas, uma fonte de empregos e renda diferente que possa acolher as pessoas que não estão tendo oportunidade de emprego. Fora isso acho que a organização da cidade também é responsabilidade de cada um de nós, se cada um fizer a sua parte podemos ter equilíbrio, Brotas é o quinto maior município do estado e isso tem que ser bem cuidado, seja pelas pessoas de Brotas ou por quem vem nos visitar.
- Um dos temas de nosso projeto é abordar o incentivo ao turismo nacional. O que você pensa sobre isso? Acredita que com a alta do dólar o brasileiro tende a se interessar por destinos dentro do país?
Nosso país é um celeiro de belezas naturais, temos tantas opções que realmente nem precisaríamos sair daqui para conhecer belas paisagens. Mas é preciso manter um trabalho de incentivo sim, com maior acesso a passagens aéreas, que às vezes são mais baratas para o exterior do que para dentro do nosso próprio país, e outras políticas que não caberia a mim citar mas acho que o tema merece atenção. O Brasil tem lugares especiais, visitei esses dias o pico da bandeira, um lugar que eu sonhava conhecer há muito tempo. Também como citei acima precisamos de mais conscientização das pessoas de que cada um pode fazer o seu papel, não sabemos como estarão os recursos naturais para as futuras gerações.
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